Em comunicado, o grupo realçou o trabalho feito pelo seu principal enólogo, Charles Symington, e a sua equipa de viticultura, que estiverem diariamente, entre agosto e outubro, nas quintas a “realizarem testes de maturação”, num ano em que “o inverno foi mais chuvoso do que a média, sendo que a pluviosidade atuou como contrapeso vital ao verão quente que se verificou no Douro”.
Segundo o profissional, citado no documento, “2016 foi um ano em que interpretar corretamente os sinais na vinha se revelou crucial”, acrescentando ainda que “foi também necessário correr alguns riscos”, tendo diferido a vindima até 19 de setembro, sendo que a Touriga Nacional foi vindimada a partir de 26 de setembro, e a Touriga Fraca nos primeiros dez dias de outubro.
“Os melhores Portos da Symington de 2016 foram produzidos durante este período sob céu limpo. Não é fácil na nossa região, com a sua incrível diversidade geográfica, vindimar as uvas na altura certa, sujeitos como estamos a algumas das mais baixas produções do mundo e aos riscos do stress hídrico. Para além disso, muitos produtores dependem de uvas compradas aos lavradores, estando também deles dependentes para as uvas serem vindimadas no momento certo”, explicou Charles Symington.
Graças a isto, os Porto Vintage 2016 “sustêm sabores de frutos vermelhos e intensas cores púrpuras” e ainda “têm estrutura e equilíbrio, com Baumés, acidez, taninos e cor num raro alinhamento perfeito”.
“Estas características devem-se ao ciclo tardio da maturação, favorecendo o amadurecimento gradual e completo das uvas. A produção de cada um dos Portos 2016 da família é cerca de 20% inferior ao anterior Vintage declarado”, pode ler-se ainda na nota.
Este é a quarta declaração da casa desde 2000, sendo que, em 2014, o Dow’s Vintage Porto de 2011 foi considerado como melhor vinho do ano pela revista especializada Wine Spectator.
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