“Não, os grupos operacionais ainda não chegaram, não tomaram uma decisão, não analisaram nada. Quando o Grupo Wagner tomar a decisão final de se localizar na Bielorrússia, ou não, irá analisar", disse ele à agência russa TASS o conselheiro do ministro da Defesa da Bielorrússia, major-general Leonid Kasinski.
O representante militar referia-se a um acampamento de tendas situado perto da cidade de Osipovichi, na região de Mogilev, na Bielorrússia, definida como “um acampamento de verão, construído em coordenação com as autoridades locais”.
“Este acampamento foi criado para preparar tanto os militares como os representantes da administração civil no quadro da criação de um sistema de defesa territorial”, explicou o militar bielorrusso.
Segundo Kasinski, este acampamento tem capacidade para abrigar cerca de 5.000 soldados e a sua localização também permite a colocação de equipamentos de combate”.
“Tudo depende da quantidade deste equipamento. É uma antiga cidadela militar. As infraestruturas foram preservadas, incluindo armazéns. Anteriormente encontrava-se aqui uma brigada de artilharia”, esclareceu.
Apesar do fracasso do motim do Grupo Wagner, o Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, acordou com o líder dos mercenários, Yevgueni Prigozhin, que os militares se mudariam para a Bielorrússia.
Lukashenko disse na quinta-feira que a decisão final ainda não foi tomada e que “depende da Rússia”.
“Não estamos a construir acampamentos. Oferecemos vários acampamentos militares antigos que foram usados em tempos de guerra”, afirmou o estadista. “Mas o Grupo Wagner tem uma visão diferente para sua implantação. Naturalmente, não vou dizer qual”, acrescentou.
Entre as ofertas de Minsk, Lukashenko mencionou o campo de Osipovichi.
Em todo o caso, sublinhou que, caso os mercenários sejam finalmente deslocados para a Bielorrússia, o enquadramento em que irão operar no país será determinado através de uma lei ou de um decreto presidencial.
O Presidente bielorruso destacou que o Grupo Wagner é a unidade “mais experiente em combate” e que “pode ??servir a defesa da Bielorrússia se o país for atacado”, mas acrescentou que ninguém será atacado a partir do território bielorrusso, incluindo a Ucrânia.
O Kremlin afirmou na quinta-feira que não segue os movimentos do líder do Grupo Wagner, que ter-se-á exilado na Bielorrússia após o motim falhado de 24 de junho, mas que Minsk garante que está atualmente na Rússia.
“Não. Não seguimos os movimentos [de Prigozhin]. Não temos tempo, nem vontade de o fazer”, disse o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, na habitual conferência de imprensa matinal.
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