Para o chefe do Estado cabo-verdiano, a morte de Helena Lopes da Silva “representa uma perda profunda, primeiro para a família, e para Cabo Verde, de uma forma geral”.
“Militante da causa da liberdade, da democracia e da independência de Cabo Verde, desde a primeira hora, a dr.ª Helena Lopes da Silva sempre esteve na linha da frente do combate por uma sociedade mais justa”, refere Jorge Carlos Fonseca.
Para o Presidente da República de Cabo Verde, Helena Lopes da Silva foi uma “incansável lutadora na defesa dos ideais humanitários”.
“Integrou movimentos políticos portugueses e cabo-verdianos, inclusive na clandestinidade, e era uma das maiores referências da comunidade cabo-verdiana em Portugal, sempre preocupada e oferecendo a sua competência, lá, onde fosse preciso”, adiantou.
No período da consolidação democrática, quer em Portugal quer em Cabo Verde, prosseguiu o chefe de Estado cabo-verdiano, “as suas ideias e a sua voz foram sempre escutadas, sobretudo em Cabo Verde, onde ocupava atualmente um lugar no Conselho da República”.
A médica cirurgiã Helena Lopes da Silva, fundadora do Bloco de Esquerda (BE) e sua ativista, morreu hoje, aos 69 anos, em Lisboa, anunciou o partido.
Nascida em Cabo Verde, Helena Lopes da Silva fez o curso de Medicia em Portugal, onde exerceu igualmente a sua atividade profissional como cirurgiã e docente universitária.
Helena Lopes da Silva, militante de esquerda, opositora à ditadura do Estado Novo, bateu-se pela democracia e pela independência das antigas colónias portuguesas, antes do 25 de Abril.
Membro da Liga Comunista Internacionalista (LCI), fundada em 1973, que deu origem ao Partido Socialista Revolucionário (PSR), em 1978 - um dos movimentos fundadores do BE, em 1999 -, encabeçou a lista daquele partido às eleições europeias, em 1994, e fez parte dos movimentos pelo "Sim" à despenalização do aborto, nos referendos.
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