“A ADSE abriu a porta, mas ainda não fez qualquer aproximação e continuamos a aguardar resposta às propostas que formulámos”, lê-se num comunicado da APHP enviado à agência Lusa, na qual recorda que enviou uma proposta negocial no dia 01 de fevereiro, a qual teve uma resposta no dia 07 deste mês.
“A APHP congratula-se com o aparente recuo da ADSE que, em missiva, afirma concordar com os princípios e os objetivos negociais propostos pela APHP”, lê-se no comunicado.
Em causa está a nova tabela de preços que a Direção-Geral de Proteção Social aos Trabalhadores em Funções Pública (ADSE) pretende pagar aos prestadores privados e que representaria, segundo a APHP, um corte de 42 milhões de euros no total do regime convencionado.
Em janeiro, o presidente da APHP, Óscar Gaspar, disse à agência Lusa que “um corte de 42 milhões basicamente significa um corte de 10% e um corte de 10% não é comportável porque os operadores privados não trabalham com margens de 10%. Estar a tirar 10% onde não existe obrigaria a trabalhar em negativo e isso colocaria em causa a qualidade da prestação de cuidados de saúde”.
Relativamente às negociações, a APHP disse esperar que “esta abertura se concretize na prática, até porque há muito trabalho a desenvolver e são necessários ajustamentos muito significativos às tabelas da ADSE”.
“Reconhecida a equidade negocial entre as partes, fazem votos que o espírito manifestado pela ADSE se mantenha quando agora se concretizam as normas em causa”, lê-se no comunicado da APHP.
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