Contactada pela agência Lusa, Maria João Tiago, secretária regional do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) indicou que “as escalas dos médicos [daquelas especialidades] são insuficientes [no HGO], e não estão reunidas as condições para receber os doentes”.
“Os médicos estão lá, mas só para tratar as urgências internas. O INEM está avisado”, acrescentou a dirigente sindical, indicando que no caso de um acidente, as ambulâncias que transportem os doentes com necessidade de tratamento de ortopedia, por exemplo, terão de se deslocar a outro hospital mais próximo.
De acordo com Maria João Tiago, esta situação “está a acontecer em vários pontos do país porque não tem havido capacidade de fixar os médicos”.
“A maior parte deles já fez até mais do que as 150 horas extra a que estão obrigados, porque o contexto vem do tempo da pandemia, e os médicos não podem trabalhar constantemente em exaustão”, apontou.
A dirigente sindical comentou ainda que o SIM tem vindo a reiterar que “todos os estudos sobre a matéria alertam que os médicos a trabalhar em estado de exaustão correm mais riscos de cometer erros”a tratar os doentes.
A Lusa tentou contactar a administração do hospital mas não foi possível até ao momento.
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