Em comunicado, a Comissão Europeia anuncia um “pacote inicial de ajuda de emergência de 3,5 milhões de euros”, após as “graves inundações e o ciclone tropical Idai terem causado um grande número de vítimas e danos em casas e infraestruturas em Moçambique, no Maláui e no Zimbabué”.
Bruxelas precisa que a verba “será usada para fornecer apoio logístico para as pessoas afetadas, como abrigos de emergência, higiene, saneamento e cuidados de saúde”.
Do total, dois milhões serão alocados a Moçambique, um milhão ao Maláui e 500 mil euros ao Zimbabué.
Além desta verba, a UE já deu 250 mil euros para ajudar a população afetada na região.
Citado pela nota, o comissário europeu para ajuda humanitária e gestão de crises, Christos Stylianides, salienta que a “UE está solidária” com o povo daquela região, pelo que a verba anunciada se destina às “necessidades humanitárias urgentes”.
Christos Stylianides adianta que a União vai enviar técnicos para o local, que irão ajudar as autoridades locais e os parceiros humanitários.
Entretanto, Portugal afirmou hoje estar disponível para ajudar Moçambique através da UE e das Nações Unidas na sequência da passagem do ciclone Idai na cidade da Beira que causou dezenas de mortos, segundo uma nota da Presidência da República portuguesa.
“Portugal procurará contribuir ao esforço de ajuda e reconstrução, quer diretamente, quer através da UE e das Nações Unidas, exprimindo ao Povo irmão moçambicano e a todos quantos, em particular portugueses, foram afetados por esta grande tragédia”, refere o Presidente da República na nota.
Já na segunda-feira, o Governo português divulgou que “até agora não há registo de cidadãos portugueses mortos, feridos ou em situação de perigo” devido à passagem do ciclone Idai em Moçambique, mas “várias dezenas perderam casas e bens”.
A passagem do ciclone Idai em Moçambique, Maláui e Zimbabué provocou pelo menos 222 mortos, segundo balanços provisórios divulgados pelos respetivos governos na segunda-feira.
Mais de 1,5 milhões de pessoas foram afetadas pela tempestade naqueles três países africanos.
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse que o ciclone poderá ter provocado mais de mil mortos em Moçambique, estando confirmados atualmente 84.
Estimativas iniciais do Governo de Moçambique apontam para 600 mil pessoas afetadas, incluindo 260 mil crianças.
O ciclone, com fortes chuvas e ventos de até 170 quilómetros por hora atingiu a Beira, a quarta maior cidade de Moçambique, na quinta-feira à noite, deixando os cerca de 500 mil residentes sem energia e linhas de comunicação.
No Maláui, as estimativas do Governo apontam para que tenham sido afetadas mais de 920 mil pessoas nos 14 distritos afetados, incluindo 460 mil crianças. Há registos de pelo menos 56 mortos e 577 feridos.
No Zimbabué, a avaliação das autoridades apontava para cerca de 1.600 casas e oito mil pessoas afetadas no distrito de Chimanimani, em Manicaland, com registos de 82 mortes e 217 pessoas desaparecidas.
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