Às 09:30 estavam inscritos 28 membros para debate das moções setoriais, com temas desde a imigração à política de coligações nas próximas autárquicas, com as regionais da Madeira, que se realizam no dia 23 a marcar a manhã.

No final do debate, estas moções (24) serão votadas, por braço no ar, no Pavilhão Paz e Amizade, em Loures. A eleição para os órgãos nacionais – comissão executiva, conselho nacional, conselho de jurisdição e conselho de fiscalização, decorre durante a manhã, por via eletrónica, prevendo-se o discurso do líder da IL eleito entre as 13:30 e as 14:00.

O atual líder e candidato, Rui Rocha, e Rui Malheiro, que protagonizou no primeiro dia da convenção algumas críticas à direção, disputam a liderança.

No debate das moções setoriais, Paulo Ricardo Lopes, que encabeça uma lista ao conselho nacional, defendeu na sua moção sobre coligações que a IL concorra em listas próprias em Braga, Porto e Lisboa.

“Devemos abrir a porta, nos nossos melhores municípios para o PSD poder desfilar? Eu acho que não”, defendeu, ironizando, sobre Lisboa, que “os valores liberais não se trocam por moedas”, numa referência ao presidente da câmara social-democrata, Carlos Moedas.

O deputado da IL e ex-líder parlamentar Rodrigo Saraiva falou sobre a política para a imigração, considerando que aqueles que atribuem os problemas de segurança ou os baixos salários às vagas de imigração “não aprenderam nada com a história”.

Rodrigo Saraiva lembrou anteriores vagas imigratórias de brasileiros, ucranianos e, mais recentemente, de paquistaneses e de nepaleses.

“Continuam a ser olhados de lado, não aprendemos nada com a história. Os problemas de segurança, os problemas de baixos salários não são culpa das vagas imigratórias”, são culpa dos governos, disse.

As eleições regionais na Madeira, que se realizam no dia 23 de março, acabaram por marcar a manhã. O deputado regional eleito pela IL, Nuno Morna, retirou a sua moção "Autonomia, Responsabilidade" depois de o atual coordenador do núcleo da IL na região, Gonçalo Maia Camelo ter deixado algumas críticas ao documento.

Segundo Maia Camelo, que é o cabeça de lista às eleições regionais na Madeira, a moção de Nuno Morna, que pretende a autonomia, "invade as competências" dos órgãos próprios para tomar decisões e a autonomia dos madeirenses.

"Os madeirenses gostam muito pouco de ingerências", declarou Maia Camelo.

Nuno Morna anunciou depois que retirava a moção, que propunha a "extinção da figura do representante da República" e medidas específicas visando o desenvolvimento económico da região, afirmando não querer criar "qualquer constrangimento", sendo aplaudido pela generalidade dos presentes.