“O Ministério da Agricultura desmente categoricamente o teor do comunicado” do MAAVIM, “no que às medidas de apoio aos agricultores afetados pelos incêndios do ano passado diz respeito, e repudia a atitude demagógica deste movimento”, refere o gabinete do ministro Luís Capoulas Santos.
Numa resposta por escrito a questões da agência Lusa, na sequência de uma nota divulgada hoje por aquela organização, com sede no concelho de Tábua, distrito de Coimbra, o Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural (MAFDR) realça que, “no âmbito das medidas de apoio aos agricultores, visando a recuperação da sua atividade produtiva e dos seus meios de subsistência, implementadas e operacionalizadas na sequência dos incêndios ocorridos no ano de 2017, os apoios atribuídos e já pagos totalizam 65,91 milhões de euros”.
O MAFDR salienta que “a lista nominal e os montantes recebidos individualmente estão disponíveis” na página da internet do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP): www.ifap.pt/noticia?assetId=6.
O MAAVIM pediu hoje a intervenção do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerando que persiste a falta de respostas do Governo para as famílias afetadas pelos fogos de 2017.
O movimento decidiu recorrer a Marcelo Rebelo de Sousa, após o ministro da Agricultura ter anunciado que o Governo disponibiliza cinco milhões de euros para apoiar os agricultores algarvios cujas explorações foram atingidas, na semana passada, pelo incêndio que eclodiu em Monchique e que alastrou a concelhos vizinhos.
“Ouvindo hoje as promessas anunciadas para os afetados dos incêndios de Monchique”, o movimento liderado pelo empresário de Tábua Fernando Tavares Pereira “relembra que as medidas abertas para o Algarve deveriam ser aplicadas diretamente a quem tudo perdeu”.
Na sua opinião, “anunciar cinco milhões para algumas centenas de agricultores continua a ser o método de propaganda” do Governo.
“A Assembleia da República deve obrigar urgentemente o Governo a abrir o apoio aos mais de 3.000 agricultores que ficaram de fora dos apoios, pela confusão dos procedimentos, para terem acesso aos apoios e alterar as regras do 6.2.2. para que possa ser executado com tabelas com valores reais”, afirma ainda.
A “operação 6.2.2.” inclui as medidas do Governo para apoio ao restabelecimento do potencial produtivo dos agricultores lesados pelos fogos de 2017.
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