Em Bouceiros, na freguesia de Alqueidão da Serra, Porto de Mós, Luís Capoulas Santos acompanhou uma ação de limpeza de um terreno do Estado junto à localidade. No final, foi abordado pelos homens que efetuavam os trabalhos, queixando-se das condições do material que estavam a utilizar. O ministro respondeu com "um conjunto amplo de medidas" que estão a avançar.
"São queixas que têm toda a razão", disse Capoulas Santos, recordando ter sido ele próprio a criar os sapadores florestais, quando foi ministro “numa outra reencarnação".
"Voltei 15 anos depois com poucas mais brigadas do que aquelas que tinham sido criadas, com os mesmos equipamentos que estavam há 15 anos em fase de não-utilização, com o mesmo tipo de apoio financeiro", sublinhou.
Para resolver a situação, o ministro anunciou um "aumento do apoio financeiro", que, em 2017, significou um reforço com 70 formações, "entre recuperação de equipas e novas equipas".
"Este ano, já está a decorrer um concurso para cem novas equipas e para reequipar outras 35. E aumentámos o montante financeiro para as equipas de sapadores", anunciou, avançando ainda a abertura, "ontem", de um concurso de três mil euros por equipa, "para que seja possível dotá-las de novos equipamentos de proteção".
Segundo o ministro da Agricultura, "nos últimos 15 anos houve um grande esquecimento" dos sapadores, uma circunstância que "obriga a ir tão longe quanto possível no esforço de melhoria de meios financeiros para apoiar essas equipas".
Outra medida anunciada é a diminuição do número de dias que as brigadas de sapadores que funcionam em organizações de produtores florestais são obrigadas a conceder ao Estado.
"Acabámos de reduzir esse número de dias, para que possam atuar mais no privado e com isso fazem mais receitas, para garantir o seu funcionamento".
[Notícia corrigida às 16:37 — substitui “bombeiros” por “sapadores”]
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