Numa nota de imprensa, o responsável por este município - afetado pelos incêndios de outubro de 2017 - recordou que os fogos consumiram “97% da área florestal do concelho” e sublinhou que “esta espécie se transformou numa autêntica invasora e que todo o território está agora invadido por muitos milhares de eucaliptos que formam autênticas selvas”.
Esta posição “não representa nenhum tipo de atitude fundamentalista contra o eucalipto”, sublinha o autarca.
“No entanto, se não for definida rapidamente uma estratégia nacional, não há dúvidas de que num futuro próximo vamos ter aqui autênticos barris de pólvora em matéria de risco de incêndio rural”, diz na nota.
José Carlos Alexandrino refere que, “depois dos incêndios, as sementes desta espécie exótica germinaram de uma forma absolutamente descontrolada, levando a que os eucaliptos começassem a nascer rapidamente e em grande densidade por todo o território”.
O autarca avisa também que “mais de 95% da floresta do concelho é de natureza privada” e assegura que, “se os agora pequenos eucaliptos não começarem a ser retirados dos terrenos”, passar-se-á “a ter povoamentos com cada vez mais material combustível e elevado risco de incêndio”.
Alexandrino considera, por isso, que “o reordenamento florestal tem de ser efetivamente um desígnio nacional”.
“As próximas gerações não nos perdoarão se desperdiçarmos esta oportunidade que o país tem para fazer uma verdadeira reforma florestal”, sintetiza.
O responsável adianta também que sempre protestou junto do Instituto de Conservação da Natureza “contra a proliferação do eucalipto no concelho”.
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