Cientistas da Universidade de Cambridge e do Instituto de Tecnologia da Califórnia criaram embriões humanos sintéticos utilizando células estaminais, num avanço inovador que evita a necessidade de óvulos ou espermatozóides, conta o The Guardian.

As estruturas criadas não têm um coração a bater ou o início de um cérebro, mas incluem células que normalmente formariam a placenta, o saco vitelino e o próprio embrião.

Os investigadores afirmam que estes modelos de embriões, que se assemelham aos embriões nas primeiras fases do desenvolvimento humano, poderão fornecer informação crucial para perceber o impacto das doenças genéticas e para as causas biológicas dos abortos espontâneos recorrentes.

No entanto, o trabalho também levanta sérias questões éticas e legais, uma vez que as entidades cultivadas em laboratório não se enquadram na legislação atual do Reino Unido e da maioria dos outros países.

Assim, não há perspectivas a curto prazo de utilização clínica dos embriões sintéticos. Além disso, seria ilegal implantá-los no útero de uma paciente — e ainda não é claro se estas estruturas têm potencial para continuar a amadurecer para além das primeiras fases de desenvolvimento.