"Tendo em consideração os relatos, incluindo imagens disponíveis, uma análise preliminar sugere ter-se tratado de um tornado, à semelhança do que aconteceu no passado dia 28 de fevereiro de 2018 [quarta-feira], também na região de Faro", refere o IPMA numa nota informativa.
Segundo o IPMA, "os impactos identificados são compatíveis, pelo menos, com danos de tornado de classe F1, na escala de Fujita clássica", que mede a intensidade dos tornados.
Um tornado é uma coluna de vento que gira em turbilhão e se desloca a grande velocidade numa área restrita.
Num tornado de classe F1, a velocidade do vento varia entre os 117 e os 180 quilómetros por hora. A classe F1 é segunda menos grave de um total de seis.
O IPMA ressalva que "uma classificação mais precisa da ocorrência só poderá ser efetuada após uma análise mais detalhada dos impactos em combinação com os meios de observação, em particular do radar meteorológico".
Na nota informativa, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera precisa que, entre as 16:00 e as 17:00, a região litoral do sotavento algarvio foi atingida por chuva e vento fortes, que "causaram impactos em estruturas e o derrube de árvores, em particular nos concelhos de Faro, Olhão, Tavira, Castro Marim e Vila Real de Santo António".
De acordo com um balanço feito ao final da tarde pela Câmara Municipal de Faro, o tornado levou ao desalojamento de uma comunidade cigana de cem pessoas, residente em estruturas precárias de madeira, numa zona conhecida como Cerro do Bruxo, situada numa das entradas da cidade.
O fenómeno meteorológico provocou ainda a queda de árvores e de painéis publicitários e de iluminação pública.
No centro comercial Fórum Algarve, houve vidros que se partiram na zona da restauração e cadeiras foram arrastadas pelo vento.
Em Olhão, as zonas mais atingidas foram Pechão e Moncarapacho, freguesia onde o vento forte derrubou o muro do Estádio António João Eusébio, enquanto decorria um jogo de futebol, danificando várias viaturas, sem causar vítimas.
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