Sem precedentes desde 2019, os protestos — que as autoridades descrevem como “tumultos” — foram desencadeados pela morte de Mahsa Amini a 16 de setembro.
Mahsa Amini, de 22 anos, morreu três dias depois de ter sido detida e violentamente agredida pela polícia de moral e costumes em Teerão, por incumprimento do rígido código de vestuário imposto às mulheres pela República Islâmica, porque era visível parte do seu cabelo, apesar de envergar o obrigatório ‘hijab’ (véu islâmico), segundo organizações não-governamentais.
Na semana passada, as autoridades alertaram os manifestantes que era hora de sair das ruas, mas os protestos continuam inabaláveis, com manifestações em áreas residenciais, universidades e nas principais avenidas.
De acordo com a organização não-governamental (ONG) Iran Human Rights, que tem sede em Oslo, 160 pessoas foram mortas nas manifestações e outras 93 em distúrbios separados em Zahedan (sudeste).
As organizações alertam ainda que as cerimónias de luto, organizadas de acordo com a tradição no 40.º dia após a morte, provavelmente se transformará numa manifestação contra o poder.
No distrito de Ekbatan, em Teerão, moradores adotaram ‘slogans’ de protesto como “Morte ao ditador” na noite de segunda-feira, diante das forças de segurança que usaram granadas de efeito moral, segundo imagens publicadas em vários órgãos de comunicação.
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