O diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, – que chegou a Israel na quinta-feira à noite para uma rápida visita – conversou hoje de manhã com Bennett, antes de partir imediatamente para Viena.
Segundo as autoridades israelitas, nessa conversa, Bennett “deixou claro que, embora Israel prefira a diplomacia para privar o Irão da possibilidade de desenvolver armas nucleares, reserva-se o direito de autodefesa e de ação contra o Irão para travar o seu programa nuclear”.
Ao longo desta semana, as Forças Armadas israelitas realizaram um exercício militar, envolvendo aviões sobre o Mediterrâneo e navios de guerra no Mar Vermelho.
Segundo a imprensa israelita, o exercício simulou um ataque em grande escala contra o Irão, em particular contra instalações nucleares.
Durante a reunião com Grossi, o primeiro-ministro israelita também pediu uma ação mais firme da comunidade internacional contra o Irão, pedindo que sejam usados “todos os meios” para impedir que Teerão adquira armas nucleares.
Israel — que vários especialistas garantem ser a única potência nuclear do Médio Oriente – percebe como uma ameaça à sua segurança o programa atómico do Irão, que acusa de se destinar a criar bombas atómicas, o que Teerão sempre negou.
O Estado judeu opõe-se, assim, ao relançamento do acordo internacional de 2015 sobre a energia nuclear iraniana – que deveria impedir a República Islâmica de adquirir a bomba atómica, em troca do levantamento das sanções económicas — do qual os Estados Unidos se retiraram unilateralmente em 2018.
Israel teme que este acordo permita reabastecer financeiramente o Irão, o que pode aumentar a sua ajuda a aliados regionais, nomeadamente o movimento Hezbollah libanês ou o Hamas palestiniano, inimigos do Estado judeu.
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