Em declarações aos jornalistas, depois de ter estado reunida com o primeiro-ministro no âmbito da preparação da cimeira dos Amigos da Coesão, que decorre no sábado em Beja, a líder do BE reiterou que o BE está disponível para votar a favor de todas as propostas que baixem o IVA da luz, embora manifestando dúvidas sobre o que pretende o PSD.
“Tenho muita dificuldade em perceber de que fala o PSD quando fala em contrapartidas. Quando votamos o Orçamento do Estado e os seus vários artigos, votamos as várias propostas e cada partido nas suas votações tem consciência do equilíbrio total do Orçamento”, afirmou.
A coordenadora do BE recordou que a proposta do seu partido é uma “tentativa de convergência”, uma vez que propõe uma redução para a taxa de 13% este ano e para 6% em 2022.
“A proposta do BE está em si compensada por essa forma equilibrada de olhar para o orçamento. Como sabem, o Governo não parece ter interesse numa proposta de convergência e, se assim for, o BE votará consequentemente todas as propostas para reduzir o IVA da energia”, afirmou.
Questionada se teme que uma eventual coligação parlamentar em torno deste tema possa sugerir “precipitação” e causar uma crise política, a líder bloquista recordou que o PS já defendeu o mesmo no passado.
“O BE apresentou uma proposta que é igual ao que o PS já apresentou e que é intermédia, não há aqui nenhuma precipitação (…) Se o PS voltar atrás no que defendeu no passado, é normal que havendo uma maioria política o IVA da energia baixe”, apontou.
Catarina Martins recusou que essa redução possa significar uma “coligação negativa”.
“Se o PSD quer baixar o IVA da energia e nós também, não há nada de negativo nisso, parece-me aliás bastante positivo”, disse.
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