Na terça-feira, Washington anunciou o encontro de domingo entre Mike Pompeo e o líder norte-coreano, Kim Jong-un. Antes, o secretário de Estado norte-americano vai manter um encontro, em Tóquio, com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe.
“Esperamos que a Coreia do Norte cumpra a completa e rápida desnuclearização da península coreana”, disse o porta-voz do governo japonês, Yoshihide Suga, quando questionado em conferência de imprensa sobre a viagem de Pompeo à região.
Suga disse que os Governos do Japão e dos Estados Unidos trocaram “opiniões a diferentes níveis” sobre o assunto, mas a intenção é coordenar “ainda mais de perto” as medidas que podem ser adotadas sobre a desnuclearização da península.
Esta é a quarta visita de Pompeo a Pyonyang, mas também a primeira desde junho passado, após a cimeira histórica em Singapura entre Kim Jong-un e o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O objetivo da viagem é preparar o terreno para a segunda cimeira entre Trump e Kim, embora ainda não tenha sido avançada uma data ou um possível local. Na semana passada, Trump afirmou que a cimeira vai realizar-se “em breve”.
Além de Tóquio e Pyongyang, Pompeo desloca-se posteriormente à Coreia do Sul e à China para se reunir com as autoridades dos dois países.
Na terça-feira, a agência oficial norte-coreana KCNA insistiu na necessidade de os Estados Unidos e a Coreia do Norte assinarem um tratado de paz que ponha formalmente fim à Guerra da Coreia (1950-1953), que terminou com a assinatura de um armistício.
“É natural que a Coreia do Norte e os Estados Unidos ponham fim às relações beligerantes, de acordo com a aspiração mútua de estabelecer novas relações bilaterais, em conformidade com a declaração conjunta de 12 de junho”, lê-se no comentário da KCNA.
“Mas se os Estados Unidos não querem o fim da guerra, a República Democrática Popular da Coreia [RPDC, nome oficial da Coreia do Norte] também não irá procurá-lo”, acrescentou.
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