Os números, divulgados por ocasião do Dia do Respeito pelos Idosos, que se assinala na próxima segunda-feira, representam um aumento de 6.060 pessoas em relação ao ano anterior, de acordo com a informação fornecida pelo Ministério, citada pela agência Efe.

As mulheres continuam a ser a esmagadora maioria das pessoas centenárias, representando 88% do total (76.450 pessoas), mais 5.475 que no ano anterior.

Os homens com idade igual ou superior a 100 anos ultrapassaram pela primeira vez os dez mil, com um total de 10.060, um aumento de 585 indivíduos em relação a 2020.

O número de pessoas centenárias no Japão tem crescido de forma significativa nas últimas cinco décadas, um aumento que especialistas atribuem ao desenvolvimento de tecnologias e tratamentos médicos.

Em 1963, quando se realizou o primeiro estudo, os japoneses com mais de 100 anos eram apenas 153.

Em 1998, esse número atingiu os 10 mil, alcançando os 30 mil em 2007, até superar os 50 mil cinco anos mais tarde, segundo dados do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-estar japonês.

A japonesa Kane Tanaka, com 118 anos, é hoje a mulher mais velha do país, tendo sido reconhecida como a pessoa mais velha do mundo pela associação norte-americana Gerontology Research Group (GRG).

Por sua vez, o homem mais velho do Japão é Mikizo Ueda, com 111 anos.

O envelhecimento da população é um dos grandes desafios para o Japão, com uma taxa de natalidade em constante declínio, suscitando preocupações sobre as perspetivas económicas e a mão-de-obra do país.

Em 2020, a esperança de vida no arquipélago atingiu um recorde para ambos os sexos: 87,74 anos para as mulheres e 81,64 para os homens, segundo dados divulgados em julho pelo Ministério da Saúde japonês.

Por prefeitura, Shimane (oeste) tem o maior número de pessoas centenárias por 100.000 habitantes (134,75), seguido de Kochi (126,29) e Kagoshima (118,74).

A média nacional é de 68,54 por 100.000 habitantes.