"Vamos apresentar uma [moção de censura] quando for apropriado", afirmou hoje, em declarações transmitidas pela Sky News, adiantando apenas que "será uma surpresa interessante para todos".
Corbyn afirmou que está prevista uma intervenção do novo chefe de governo no parlamento na quinta-feira para apresentar os seus planos, e que nessa altura o partido Trabalhista vai responder, com a sua visão para uma "sociedade com investimento decente que proteja todas as partes comunidades do país".
Boris Johnson foi eleito líder do partido Conservador com 92.153 votos (66,3%), enquanto que o outro candidato finalista, o atual ministro dos Negócios Estrangeiros, Jeremy Hunt, reuniu apenas 46.656 votos (32,7%).
No seu discurso de vitória, reiterou hoje a promessa de "concretizar o ‘Brexit', unir o país e derrotar Jeremy Corbyn".
Boris Johnson vai ser indigitado primeiro-ministro pela rainha Isabel II na tarde de quarta-feira, após a demissão de Theresa May, programada para depois do debate semanal com os deputados na Câmara dos Comuns.
O partido Trabalhista defende a realização de eleições legislativas e uma moção de censura é uma das únicas opções para antecipar as eleições, previstas para 2022.
O partido Conservador depende do apoio do Partido Democrata Unionista (DUP) para ter uma maioria de deputados na Câmara dos Comuns, que atualmente é de apenas três, mas numa tentativa anterior, em janeiro, Theresa May sobreviveu com uma margem de 19 votos.
O partido Trabalhista opõe-se a um ‘Brexit' sem acordo, hipótese que Boris Johnson não descarta para conseguir que o Reino Unido saia da União Europeia a 31 de outubro, a data definida em abril para a conclusão do processo.
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