Nikki Haley falava no decorrer da reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU, convocada a propósito da decisão do Presidente Donald Trump de reconhecer unilateralmente Jerusalém como capital de Israel. A decisão de Trump foi recebida com hostilidade pela diplomacia internacional, com a exceção de Israel, e com condenação pelo Mundo Árabe, que convocou protestos em Jerusalém, Faixa de Gaza e Cisjordânia.
Os confrontos hoje nos territórios ocupados fizeram pelo menos um morto e mais de uma centena de feridos entre os manifestantes palestinianos, que lançaram pedras e cocktails molotov contra soldados israelitas. Estes responderam a tiro, com balas de borracha e fogo real.
Na reunião do Conselho de Segurança, Nikki Haley criticou a "hostilidade [das Nações Unidas] contra Israel", que existe "desde há muitos anos".
Também defendeu que a ONU deve aceitar "o óbvio" e reconhecer Jerusalém como capital de Israel.
"As Nações Unidas danificaram mais as possibilidades de uma paz no Médio Oriente do que as fizeram avançar", referiu Nikki Haley.
No entanto, Nikki Haley sublinhou que os Estados Unidos "continuam empenhados no processo de paz" no Médio Oriente, mas rejeitam "sermões ou lições".
"Compreendo que a mudança seja difícil" para os outros membros da comunidade internacional, acrescentou a diplomata. "Mas as nossas ações visam fazer avançar a causa da paz. (...) Queremos um acordo negociado", completou.
Para a embaixadora dos EUA junto da ONU, o Presidente Trump "não tomou posição sobre os limites das fronteiras" de Jerusalém, Gaza ou Cisjordânia. O "’status quo’ quanto aos locais sagrados mantém-se", sublinhou.
A reunião de urgência do Conselho de Segurança, composto por 15 membros, foi solicitada pela Suécia, a França, a Itália, o Reino Unido, a Bolívia, o Uruguai, o Egito e o Senegal.
Vários destes Estados consideram que a decisão norte-americana viola as resoluções da ONU.
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