João Loureiro afirmou aos jornalistas esta sexta-feira à chegada ao aeroporto que está "cansado", embora "feliz", por ter chegado a Portugal. No entanto, escusou comentar a situação que o levou a ficar retido no Brasil nas últimas semanas e deu conta de que prestará "todas as explicações quando for o momento" certo para o fazer.
"Estou bem, cheguei bem. Evidentemente que não vai ser aqui e agora neste momento e esta hora que vou falar sobre o que se passou. No momento certo fá-lo-ei e se necessário junto das autoridades competentes. Estou muito feliz por chegar ao meu país, à minha cidade. Estou muito cansado já venho praticamente há 24 horas em viagem", explicou numa curta declaração a vários órgãos de comunicação social.
O advogado reconheceu depois também que as últimas semanas "foram muito difíceis", mas que estava a "ganhar moral" porque estava finalmente ao pé da família.
Recorde-se que o antigo presidente do Boavista esteve no Brasil durante várias semanas após a Polícia Federal, a 9 de fevereiro, ter apreendido meia tonelada de cocaína com destino a Portugal escondida num avião particular, na sequência de uma inspeção que agentes daquela força policial fizeram à aeronave, estacionada na pista do Aeroporto Internacional de Salvador.
O jato particular, um avião Falcon 900 da empresa OMNI, tinha como destino Tires, mas o piloto detetou falhas mecânicas e pediu uma inspeção à aeronave, durante a qual foram descobertos pacotes suspeitos, tendo sido chamada a polícia, que apreendeu a cocaína escondida na fuselagem da aeronave.
A droga tinha sido dividida em embalagens com indicação de marcas desportivas famosas.
Na lista de passageiros do jato estava João Loureiro, antigo presidente do Boavista, que já foi ouvido pela Polícia Federal (PF) brasileira e que nega qualquer envolvimento no caso.
A empresa OMNI Aviação e Tecnologia disse num comunicado ter sido “surpreendida” com a apreensão de meia tonelada de cocaína num dos seus aviões.
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