“As pessoas que não se deixem ficar em casa para que a abstenção não seja uma das vitoriosas da noite. Porque a abstenção não deixa de ser um exercício, as pessoas estão no seu livre-arbítrio de o fazer, mas muita gente perdeu a vida para lutar pelo direito de votar”, apelou Élvio Sousa.
O cabeça de lista do JPP falava aos jornalistas após votar no salão paroquial da Igreja da Paróquia de Nossa Senhora da Luz, na freguesia de Gaula, concelho de Santa Cruz.
Élvio Sousa confidenciou que dormiu cinco horas, algo que já não acontecia “há algum tempo”, e deu um mergulho no Porto Novo antes de exercer o direito de voto.
O candidato defendeu que votar é não só “um exercício de cidadania e de democracia, como é uma poderosa arma para a plenitude da democracia”.
O cabeça de lista considerou, por outro lado, que “as pessoas muitas vezes ficam com a ideia de que os estudos de opinião são resultados eleitoral”, o que poderá “condicionar os níveis da abstenção”.
Questionado sobre as consequências a retirar caso os resultados do partido não sejam os esperados, Élvio Sousa disse que “é muito cedo ainda para falar disso”.
“Eu sempre fui muito consequente com as decisões que tomei e com a realidade. Nesse aspeto eu não tenho qualquer pejo sobre isso, mas ainda é muito cedo para falar do assunto”, reforçou.
O candidato manifestou-se ainda satisfeito com a afluência registada no seu local de voto, salientando que “é um bom sinal”.
Mais de 253 mil eleitores são hoje chamados a votar nas legislativas regionais da Madeira para escolher a nova composição do parlamento do arquipélago, com 13 candidaturas na corrida.
As 292 secções de voto distribuídas pelas 54 freguesias dos 11 concelhos do arquipélago abriram às 08:00 e estarão em funcionamento até às 19:00.
De acordo com a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, estão registados 253.865 eleitores, dos quais 248.519 na ilha da Madeira e 5.346 na ilha do Porto Santo.
Em causa estão os 47 lugares do parlamento regional, disputados num círculo eleitoral único por duas coligações e outros 11 partidos: PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL.
Há quatro anos - quando a abstenção foi de 44,5% -, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.
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