A decisão, do supremo tribunal de Los Angeles, dá força de lei ao que já tinha sido determinado por um tribunal arbitral no caso que opõe Spacey e a produtora da série, a MCR.
À data, o tribunal arbitral considerou que o ator tinha violado os termos do contrato com o seu comportamento, depois de ter sido acusado de assédio sexual por um assistente de produção.
A juíza, Mel Red Recana, considerou agora que o ator e os seus advogados falharam em demonstrar que "a indemnização é tão irracional que justifique uma reformulação do contrato entre as partes".
A denúncia de assédio surgiu numa onda de testemunhos contra Spacey, vencedor de dois Óscares em “The Usual Suspects” (1995) e “American Beauty” (1999), que viu a sua carreira desmoronar em 2017 após várias acusações de agressão sexual.
Quando os casos vieram à tona, a produtora eliminou o papel do ator em “House of Cards”, tendo reescrito completamente a sexta temporada e reduzido o número de episódios de 13 para oito para cumprir a data de estreia anunciada pela Netflix.
A companhia, responsável por outras séries como “Ozark” e “The Shrink Next Door”, alegou durante o julgamento que o ator não prestou os seus serviços “de forma profissional” ou de acordo com as suas políticas de comportamento.
A última aparição do ator foi no filme "Billionaire Boys Club” (2018), retornando à grande tela em 2022 com um pequeno papel no filme italiano “L'uomo Che Disegno Dio” (“O Homem que Desenhou Deus”, em tradução simples).
Nos últimos anos, Kevin Spacey publicou vários vídeos enigmáticos nas redes sociais a interpretar o seu personagem da série “House of Cards”, Frank Underwood.
Mais recentemente, Kevin Spacey foi formalmente acusado a 13 de junho de 2021 de agressão sexual a três homens, entre os 30 e os 40 anos, no Reino unido.
O ator, que ficou em liberdade durante a investigação porque a justiça considerou não haver risco de fuga, uma vez que colaborou com a polícia, apresentou-se num tribunal a 14 de julho deste ano, em Londres, onde se declarou inocente das acusações de crimes que terão sido cometidos entre 2005 e 2013, no Reino Unido.
O julgamento deste caso foi marcado para 06 de junho de 2023.
*Com Lusa
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