“Atualmente, estão registados 292 atos de violência sexual como resultado do conflito armado. Os invasores [russos] cometeram o maior número destes crimes nas regiões de Kherson, Donetsk, Kiev e Kharkiv”, afirmou o provedor ucraniano, na rede Telegram, após um discurso da relatora especial da ONU, Alice Edwards, sobre tortura sexual em contexto de guerra.
Lubinets acrescentou que os soldados russos “não são impedidos pela idade ou pelo género”, cometendo atos de violência sexual contra crianças, mulheres e homens ucranianos.
O comissário dos Direitos Humanos referiu a prioridade de ajudar as vítimas, bem como cooperar com as autoridades para documentar crimes de guerra “e recolher provas de acordo com os padrões internacionais”, salientando a importância de que “as ações dos perpetradores sejam provadas e punidas”.
Segundo Lubinets, a relatora especial da ONU declarou-se disposta a ajudar a Ucrânia na investigação de casos de tortura e violência sexual no quadro da ofensiva armada da Rússia.
“Garanti à relatora especial que estamos prontos para continuar a cooperar e apoiar a sua visita à Ucrânia para recolher os dados necessários. Devemos fazer tudo para proteger e aliviar o sofrimento daqueles para quem esta guerra dividiu as suas vidas em ‘antes’ e ‘depois'”, disse ainda o responsável ucraniano.
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