As declarações de Reznikov surgem dias após o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, ter qualificado de “frustrante” o facto de a União Europeia (UE) não ter iniciado o seu plano para fornecer à Ucrânia um milhão de projéteis de 155 milímetros para artilharia.

“Estamos a acumular munições”, disse Reznikov em conferência de imprensa. Parte dessas munições, acrescentou, são provenientes de “contratos com parceiros estrangeiros”, enquanto as restantes são fabricadas por produtores ucranianos.

Segundo o ministro, o plano da UE — para o qual foram destinados dois mil milhões de euros — consiste no fornecimento ininterrupto de munições e de peças militares de substituição “até ao final da guerra”, não sendo de esperar que os resultados comecem a ser concretizados “já amanhã”.

O plano europeu para produzir munições esteve até ao momento paralisado pelo desacordo entre Estados-membros sobre a inclusão no projeto de empresas exteriores à UE, segundo indicaram diversos ‘media’.

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.574 civis mortos e 14.441 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.