“Em 31 de dezembro, até 10 unidades de equipamento militar inimigo de vários tipos foram destruídas ou danificadas” em Makiivka, região de Donetsk, disse o Estado-Maior ucraniano, numa mensagem na rede social Facebook, indicando que o número de perdas dos recursos humanos russos estava ainda a ser avaliado.
De acordo com relatos de vários ‘media’ russos e ucranianos, centenas de soldados russos, recentemente mobilizados para a invasão da Ucrânia, terão sido mortos no edifício da Escola Politécnica na cidade de Makiivka, na região de Donetsk.
O canal televisivo russo Tsagrad estima a contabilidade das vítimas em “centenas de pessoas” e o canal pró-russo Operational Reports, na rede social Telegram, indica 500 mortes.
Alguns ‘media’ ucranianos citam o departamento de comunicações das Forças Armadas da Ucrânia indicando 400 soldados russos mortos, bem como mais 300 feridos.
Já hoje, o Governo russo tinha confirmado a morte de mais de 60 militares num ataque do Exército ucraniano com foguetes de artilharia de alta mobilidade (HIMARS) contra uma cidade da região de Donetsk.
O Ministério da Defesa da Rússia começou por dizer que 63 soldados foram mortos no ataque, que atingiu um ponto de implantação temporário na cidade de Makivka.
Poucas horas depois, o Centro Conjunto de Controlo e Coordenação de Assuntos para os Crimes de Guerra da Ucrânia confirmava que as Forças Armadas ucranianas tinham realizado vários ataques de artilharia contra a cidade de Donetsk.
De forma mais pormenorizada, o jornalista ucraniano Bohdan Butkevych citava fontes que referiam que os HIMARS tinham “feito ruir o prédio da escola como um castelo de cartas”, mencionando a morte de cerca de 300 soldados russos.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.884 civis mortos e 10.947 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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