“Conseguimos determinar que é novichok e determinar que é um agente neurotóxico militar”, disse Gary Aitkenhead, numa entrevista à televisão Sky News.
“Não determinámos a sua origem precisa, mas entregámos a informação científica ao Governo, que depois recorreu a várias outras fontes”, continuou.
O responsável assegurou no entanto que a substância exige “métodos extremamente sofisticados para ser produzida, uma capacidade que só está ao alcance de um Estado”.
O ex-espião russo Serguei Skripal, 66 anos, e a filha, Yulia, de 33, foram expostos a um gás neurotóxico a 4 de março e encontrados inconscientes num banco perto de um centro comercial em Salisbury, sul de Inglaterra.
O Governo britânico responsabilizou a Rússia, mas Moscovo nega.
Aitkenhead explicou na entrevista que determinar a origem do gás exige “outros contributos”, alguns dos serviços de informações, aos quais o Governo tem acesso.
“É da nossa competência fornecer provas científicas de que agente neurotóxico se trata especificamente. Identificámos que pertence a esta ‘família’ e que é de uso militar, mas não nos cabe dizer onde foi fabricado”, disse.
O diretor do laboratório disse ainda que não há um antídoto conhecido para o novichok.
O ex-espião continua em estado crítico, mas a filha recuperou na semana passada e está consciente e capaz de falar, segundo as autoridades.
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