À semelhança de outras ocasiões, foi enviada uma árvore ‘masakaki’ em nome do líder do Governo, um gesto que os primeiros-ministros nipónicos repetem há anos por ocasião dos festivais da primavera e do outono e que a China e a Coreia do Sul veem com maus olhos.

Yasukuni presta homenagem aos que caíram pelo Japão entre o final do século XIX e 1945. São mais de 2,4 milhões de pessoas, incluindo 14 políticos e oficiais do exército imperial condenados como criminosos de guerra de classe A, após a Segunda Guerra Mundial.

Nenhum chefe de Governo japonês em funções visita o santuário desde que Shinzo Abe se deslocou aí para fazer a oferenda, em dezembro de 2013, suscitando críticas no país e no estrangeiro.

A China e a Coreia do Sul, países que sofreram agressões bélicas por parte do Japão, têm vindo a manifestar desaprovação relativamente às homenagens oficiais no santuário de Yasukuni, devido a feridas abertas pelo colonialismo.

Espera-se também que Shigeru Ishiba se abstenha de visitar o templo, especialmente depois das recentes tentativas de estabelecer laços mais estreitos com Seul.

O Japão e a China comemoraram o 50.º aniversário da normalização das relações diplomáticas em 2022. Relações que também não estão no melhor nível, nomeadamente devido à disputa territorial sobre as ilhas Senkaku, administradas por Tóquio, mas reivindicadas por Pequim, que as batizou de Diaoyu.

Embora os primeiros-ministros evitem visitar Yasukuni, não é raro que grupos de deputados o façam nesta altura do ano, incluindo ministros e figuras importantes da política japonesa.

CAD // VQ

Lusa/Fim