"Rejeitamos clara e inequivocamente que os bombeiros não saibam utilizar os equipamentos SIRESP", refere a LBP em comunicado, reconhecendo que o Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal "pode e deve ser melhorado do ponto de vista técnico e de gestão" e que "a formação de todos os utilizadores dos sistemas de comunicações é bem-vinda e pode diminuir os fatores de potencial falha".
Na terça-feira, em declarações aos jornalistas, o presidente do SIRESP, Paulo Viegas Nunes, admitiu que há "falta, muitas vezes, de entendimento do funcionamento da rede".
"Se existe necessidade de formação no sentido lato do termo tenho a noção de que existe", afirmou.
A rede SIRESP, que resulta de uma parceria entre o Estado e o setor privado, coordena as comunicações em situações de emergência e segurança.
Na semana passada, o Governo anunciou que o sistema vai ter um novo investimento de 4,2 milhões de euros em equipamentos de redundância para assegurar as comunicações via satélite em caso de falha dos circuitos terrestres.
Para a LBP, investimentos como este "são certamente a prova" de que o SIRESP "precisa de melhorias".
"Não coloquem nos bombeiros o ónus das quebras, mesmo que momentâneas, das redes. E, se não há formação suficiente, então quem deveria implementar essas atividades formativas?", questiona.
Paulo Viegas Nunes disse que o SIRESP está a procurar partilhar informação sobre como a rede funciona, através de ações que ou já decorreram ou que vão decorrer.
O dirigente do SIRESP assegurou que a rede "não tem falhas na sua construção" nem rejeita chamadas, e nem falhou nos incêndios deste ano.
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