De acordo com o relatório hoje divulgado, "o número diário de casos de covid-19 internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no continente revelou uma tendência crescente", sendo que o "maior número de internados observa-se atualmente na região de LVT [Lisboa e Vale do Tejo], onde foi ultrapassado o limiar crítico regional definido".

A região de LVT representa 52% do total de casos em UCI e está com uma ocupação acima do limite regional definido. Isto é, há mais cinco doentes do que o nível de alerta estabelecido (103 doentes internados) com as 108 camas ocupadas.

Relatório linhas vermelhas - 30 de julho
créditos: DGS | INSA

Atualmente, no continente, atingiu-se os 82% (na semana passada foi de 70%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas.

Atividade epidémica com tendência decrescente em Portugal

A atividade epidémica do novo coronavírus SARS-CoV-2 regista "tendência estável a decrescente", apesar de ainda apresentar "elevada intensidade".

No documento é referido, no entanto, que a atividade epidémica está em crescimento na região Norte e Alentejo.

"Mesmo que a tendência decrescente se confirme nas próximas semanas, é esperada a continuação do aumento da pressão sobre os cuidados de saúde e da mortalidade nas próximas semanas", realça.

É igualmente referido que "o R(t) apresenta valores inferiores a 1, indicando uma tendência decrescente da incidência de infeções por SARS-CoV-2, a nível nacional (0,98) e na maioria das regiões do continente. Nas regiões Norte e Alentejo, o R(t) ainda se mantém acima de 1, mantendo a tendência crescente nestas duas regiões".

Por sua vez, "o limiar de 240 casos/100 000 habitantes na taxa de incidência acumulada a 14 dias já foi ultrapassado a nível nacional e nas regiões Norte, LVT, Alentejo e Algarve. O Algarve apresenta agora uma taxa de incidência acumulada a 14 dias de 869 casos por 100 000 habitantes".

Linhas vermelhas - 30 julho 2021
créditos: DGS | INSA

É ainda refiro que se espera a continuação do aumento da pressão sobre os cuidados de saúde e da mortalidade nas próximas semanas, mesmo que se verifique uma tendência decrescente na atividade epidémica.

Entre 12 e 18 de julho, a variante Delta (B.1.617.2), originalmente associada à Índia, foi dominante em todas as regiões, com uma frequência relativa de 97,8%.