O documento, subscrito pela vereadora Teresa Leal Coelho (eleita pelo PSD) e aprovado por unanimidade, salienta que Vicente Jorge Silva, nascido no Funchal em 8 de novembro de 1945, “destacou-se no jornalismo como diretor da revista do Expresso e foi um dos fundadores e primeiro diretor do jornal Público”.
“Nessas funções, foi responsável por uma abordagem moderna na imprensa escrita, pela procura de novas vozes e novos talentos e por uma postura de rigor, isenção e pluralismo que em muito contribuiu para a maturidade da democracia portuguesa”, escreve a autarca.
Vicente Jorge Silva era um apaixonado por cinema, mas acabou por fazer carreira no jornalismo, tendo ainda sido deputado, uma experiência da qual não gostou.
Morreu na madrugada de 08 de setembro, em Lisboa, aos 74 anos.
Já Pedro Rolo Duarte, nascido em Lisboa, em 26 de abril de 1976, morreu em 2017, tendo sido fundador de projetos de imprensa como as revistas Visão e K, O Independente e o suplemento DNA, do Diário de Notícias. O jornalista colaborou também com o SAPO24.
“Foi autor de programas de rádio e televisão com conteúdos de interesse para os jovens, nomeadamente sobre a cidade de Lisboa, contribuindo para a renovação de públicos atraídos por formatos inovadores e de qualidade”, lê-se na proposta.
“Ao saberem ler as tendências, interesses e inquietações de novos públicos e ao estabelecerem níveis de exigência e padrões de qualidade que marcaram gerações, cada um à sua maneira, Vicente Jorge Silva e Pedro Rolo Duarte são dois jornalistas que merecem ser recordados e homenageados pela cidade onde viveram e onde trabalharam”, defende o documento.
Segundo as regras da Comissão Municipal de Toponímia, só após cinco anos da morte de alguém é que o seu nome pode ser atribuído a uma rua da cidade, mas a proposta de Teresa Leal Coelho pede que seja avaliada “a possibilidade de, excecionalmente, prescindir” desse prazo no caso do jornalista Vicente Jorge Silva.
Na reunião de hoje, foi também aprovado um conjunto de propostas da vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto (PS), para atribuir topónimos a diversas ruas e espaços de Lisboa.
O professor universitário e político José Veiga Simão vai ser contemplado com um largo em Carnide, o arquiteto Ruy Jervis d’Athouguia será homenageado com um jardim em Alvalade, o arquiteto Manuel Tainha com uma rotunda na freguesia da Ajuda, o escritor António Tabucchi com uma rua no Lumiar e o autor de banda desenhada Eduardo Teixeira Coelho terá um jardim em Alvalade.
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