“Quero elogiar a liderança forte do autarca de Londres, enquanto leva a cidade para a frente após este desprezível ataque”, disse Lukens.
O diplomata não se referir diretamente aos comentários de Trump no Twitter, mas acrescentou um vídeo de Sadiq com declarações semelhantes às que o Presidente dos EUA retirou do contexto.
Ao início da madrugada de hoje em Washington, Trump escreveu naquela rede: “Devemos deixar de ser politicamente corretos e dedicar-nos a trabalhar na segurança da nossa gente. Se não formos inteligentes, isto só vai piorar”.
Uma hora depois, acrescentou: “Pelo menos 7 mortos e 48 feridos no ataque terrorista e o autarca de Londres diz que ‘não há razão para alarme’”.
Khan apelara para que o terrorismo não acabe por vencer, ao espalhar o medo entre os londrinos, a quatro dias das eleições legislativas.
“Os londrinos verão um aumento da presença policial nos próximos dias. Não há razão para alarme”, disse o autarca na declaração que Trump retirou do contexto.
O embaixador norte-americano, que assumiu o posto devido à falta de um substituto apontado pelo Governo de Trump, demarcou-se do comentário do Presidente norte-americano, criticado tanto pelos conservadores como pelos trabalhistas no Reino Unido.
“A resposta dos serviços de emergência, polícia, londrinos e funcionários de Londres tem sido extraordinária”, considerou o norte-americano.
Trump também foi criticado por políticos de ambos os partidos nos Estados Unidos por insistir no “veto migratório” após o atentado de Londres, no qual morreram dez pessoas, incluindo três atacantes, e que foi reivindicado esta noite pelo grupo radical Estado Islâmico.
O senador democrata Mark Wener afirmou, numa entrevista na televisão, que a proposta de Trump de um novo “veto migratório” para “alcançar um novo nível de segurança” é precisamente o tipo de definição discriminatória para com os muçulmanos que tribunais federais dos EUA rejeitaram em duas ocasiões.
Através de ordens executivas, Trump ordenou a suspensão das entradas de nacionais de vários países de maioria muçulmana, medida que foi travada pela justiça norte-americana, que considerou tratar-se de discriminação.
Já a senadora republicana Susan Collins defendeu que falar de “veto migratório” não é adequado e já foi recusado pelos tribunais, mas considerou que é necessário aumentar o escrutínio de pessoas procedentes de países com historial de terrorismo islamita.
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