Segundo a agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA, na sigla em inglês), “há pelo menos 20.363 pessoas deslocadas que procuraram refúgio” em todas as zonas da Faixa de Gaza, “exceto Khan Younis”.
Das 44 escolas existentes, “28 são consideradas abrigos de emergência e 16 não são”, precisa a organização, na sua página oficial.
A UNRWA relata ainda que três das escolas já foram atingidas por ataques israelitas.
“A noite foi muito dura. Sem eletricidade e com fortes e constantes bombardeamentos”, relata a agência, citada pela Europa Press, lançando “um apelo urgente a todas as partes para que respeitem as suas obrigações jurídicas no quadro do direito internacional humanitário”.
O grupo islâmico Hamas desencadeou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação “Tempestade al-Aqsa”, com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou, a partir do ar, várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como “Espadas de Ferro”.
Os ataques e a resposta militar fizeram centenas de mortos e mais de mil feridos.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está “em guerra” com o Hamas.
Na sequência desta nova escalada de violência num conflito que dura há dezenas de anos, a UNRWA teve de proceder ao encerramento de 22 centros de saúde na Faixa de Gaza e de suspender a atividade dos 14 centros de distribuição alimentar que se gere “até novo aviso”.
“Um total de 112.759 famílias (541.640 pessoas) está por receber assistência alimentar”, concretiza a agência, recordando que a situação humanitária em Gaza já estava no limite, em resultado da ocupação militar e do bloqueio de Israel ao território.
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