“Aqui no campo cada casa tem um celeiro e nas residências invadidas os elefantes destruíram os dois. Ou seja, 15 casas e 15 celeiros”, disse à Lusa Joana Guinda, administradora do distrito de Machaze, referindo que os animais continuam na região, mas distantes da zona residencial.
As autoridades alertaram sobre a presença dos 50 elefantes em Machaze no dia 22, suspeitando que se terão evadido de uma área de conservação do Zimbabué, país vizinho de Moçambique.
“Temos estado a fazer trabalhos locais para afugentar os elefantes e, por enquanto, não temos tido nenhum outro relato de destruição”, frisou a administradora, acrescentando que a manada não fez vítimas.
Segundo a responsável, as casas destruídas são feitas de adobe e palha, elementos típicos de construção no meio rural moçambicano.
Os elefantes e outros animais invadem as comunidades daquele distrito com alguma frequência, destruindo áreas de cultivo.
De acordo com as autoridades, Machaze está na lista dos distritos que mais registam casos de conflito entre homem e fauna em Manica, centro de Moçambique.
Segundo dados oficiais mais recentes, de 2020, um total de 97 moçambicanos morreram e 66 ficaram feridos só em ataques registados (outros não chegam a ser reportados) de animais selvagens, a maioria por crocodilos, segundo a Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC).
No mesmo ano foram devorados 258 animais domésticos, entre gado bovino, ovino e caprino, por leões, hienas e crocodilos, além de 248,81 hectares de diversas culturas destruídas.
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