Convocada pelo partido Chega, a ação de protesto frente à AR contra a visita de Lula da Silva, promete ser a “maior manifestação de sempre contra um dignitário estrangeiro em Portugal". Num vídeo publicado nas redes sociais, o partido apela à mobilização, com um protesto pacífico.

Na Avenida Dom Carlos I, vários manifestantes contra a vinda do Presidente do Brasil já estavam reunidos empunhando cartazes, bandeiras e t-shirts. Um dos gritos de ordem mais usados pelos manisfestantes é o de "Lula, ladrão, o teu lugar é na prisão".

O SAPO24 falou com Frank Almeida, que vive em Portugal há sete anos. Juntou-se à manifestação do Chega por ser “a favor do Brasil”. Diz não acreditar que um homem que não foi condenado por uma tecnicalidade, segundo Jack, pode ganhar eleições uma terceira vez. Diz também gostar demasiado do seu país para “não se manifestar contra o ladrao vagabundo”.

O Núcleo Português do Partido dos Trabalhadores também estará presente na manifestação da parte da manhã em frente ao Parlamento, em sentido contrário aos movimentos de extrema-direita e negacionistas. Associada a este núcleo de apoio ao Lula da Silva estará a União Antifascista Portuguesa.

Neste lado da manifestação existem vários cartazes com inscrições como: “25 de abril sempre, fascismo nunca mais”, “não ao racismo” e “todos somos 25 de abril”. Ao SAPO24, Jarlette, uma brasileira de bandeira do Brasil ao peito, bandeira do PT à cintura e cartazes de apoio a Lula na mão falou. As lágrimas correm-lhe o rosto enquanto diz “estar emocionada”, veio de propósito de Inglaterra - onde vive há 22 anos - para ver o homem que diz ser “a segunda vez que salva o país”.

Esta manifestação também serve para que através de um documento assinado por várias organizações, e que a LUSA teve acesso, pedirem também que o Presidente brasileiro Lula da Silva assegure "o direito de repatriamento de trabalhadoras e trabalhadores no exterior que precisem retornar ao país" e que aproxime "os consulados da população brasileira", corrigindo "problemas nos serviços consulares".

Em comunicado, o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP explica que para “garantir a segurança dos participantes e o normal decurso dos eventos” serão implementados "de forma sequencial e apenas na medida do estritamente necessário, diversos condicionamentos de trânsito".

Atualizado às 10h.

*Com Lusa