Numa nota publicada no portal da Presidência da República na Internet, o chefe de Estado evoca Aristides de Sousa Mendes, que enquanto cônsul-geral em Bordéus, França, em 1940, salvou milhares de judeus e outros refugiados do regime nazi emitindo vistos à revelia do Governo de António de Oliveira Salazar, o que lhe valeu a expulsão da carreira diplomática.
“Na passagem de mais um aniversário da libertação do campo de Auschwitz-Birkenau, e associando-se à iniciativa da Assembleia-Geral das Nações Unidas, o Presidente da República lembra a responsabilidade coletiva de recordar e agir na prevenção do ódio e da segregação, neste Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto”, lê-se na mensagem.
Marcelo Rebelo de Sousa considera que “esta é também a oportunidade para reafirmar o compromisso com o legado de Aristides de Sousa Mendes” e que há que manter fidelidade “aos valores que a sua memória representa na defesa da dignidade da pessoa humana, no combate ao estigma e à discriminação racial ou religiosa”.
Nesta nota, “o Presidente da República saúda ainda a edição especial do Diário da República Amarelo de hoje, na versão em papel, homenageando todas as vítimas do Holocausto”.
Há um ano, Marcelo Rebelo de Sousa participou no 5.º Fórum Mundial do Holocausto, em Jerusalém, e afirmou que a sua presença naquela cerimónia era “um imperativo moral, um imperativo ético” e que significava “a solidariedade do povo português relativamente aos seis milhões de vítimas” do genocídio nazi.
“Nós não esquecemos, isto não se pode repetir”, afirmou na altura aos jornalistas, após a cerimónia, alertando que o antissemitismo “pode estar a regressar de outras formas, com outros tipos de discriminações, e de racismo e de violência e de xenofobia nos tempos de hoje”.
Em Israel, o Presidente da República teve a oportunidade de se encontrar com sobreviventes do Holocausto.
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