A iniciativa está marcada para acontecer sucessivamente em Lisboa, Porto e Vila Real, às 15:30, não só para comemorar o Dia Europeu da Vida Independente, que se assinala a 5 de maio, mas também para demonstrar o orgulho na diversidade e nas conquistas das pessoas com deficiência, além de ser uma “marcha de reivindicação”.
Em declarações à agência Lusa, a presidente do Centro de Vida Independente (CVI) de Lisboa, que é responsável pela organização da marcha, defendeu que a iniciativa se justifica porque atualmente, “em pleno século XXI”, as pessoas com deficiência não têm os seus direitos assegurados.
“A assistência pessoal ainda não é um direito. Durante três anos vamos ter de estar submetidos a um projeto piloto quando a nossa vida não o é”, apontou Diana Santos, referindo-se ao projeto piloto de apoio à Vida Independente que o atual Governo está a implementar e que pressupõe a criação de Centros de Apoio à Vida Independente (CAVI) por todo o país.
Outra das reivindicações diz respeito à lei das acessibilidades que querem ver cumprida já que continua sem fiscalização, apesar de ser “uma lei muito boa, aparentemente perfeita, mas que não é verificada e que continua a não ser cumprida”.
A educação é outra das reivindicações, com Diana Santos a defender que é preciso uma escola inclusiva e que garanta a igualdade entre todos os alunos e “não perpetue guetos”.
A responsável defende também uma alternativa aos lares de idosos, para onde vão muitas das pessoas com deficiência que precisam de cuidados permanentes, defendendo que estas pessoas vivam com as suas famílias e nas suas comunidades.
Com vários processos eleitorais à porta, Diana Santos disse esperar que nenhuma pessoa com deficiência fique sem votar, mas alertou que as campanhas eleitorais continuam a não ser acessíveis a todos, dando como exemplo as pessoas surdas.
Comentários