“Quando terminar o confinamento obrigatório e as pessoas retomarem lentamente as suas atividades, vai ser fundamental a proteção individual, nomeadamente o uso de máscaras em locais públicos fechados. Só adotando comportamentos responsáveis e rigorosos vamos conseguir controlar o surto e retomar a normalidade”, refere a presidente da câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro.
A autarca acrescenta, citada em nota enviada à agência Lusa, que “a grande preocupação é a segurança das pessoas nesse período de transição” e num concelho do distrito do Porto que, de acordo com o relatório epidemiológico divulgado hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS), regista 845 casos de infeção pelo novo coronavírus.
De acordo com a câmara de Matosinhos, as máscaras começarão a ser produzidas por um consórcio de unidades de produção do concelho “mal o processo de certificação esteja concluído”.
A autarquia “estima que estejam prontas para entrega logo no início de maio, quando se espera que termine o atual estado de emergência”, indica a mesma fonte.
As máscaras serão entregues em casa dos munícipes, sendo compostas por dois tecidos, um com tratamento bactericida e fungicida, bem como outro com tratamento impermeabilizante.
Em causa estão máscaras laváveis e reutilizáveis e todos, sendo que os componentes estão a aguardar certificação do Centro Tecnológico Têxtil e Vestuário (CITEVE), equipamento com sede em Vila Nova de Famalicão,
A câmara de Matosinhos diz querer garantir que as mascaram “cumprirem todas as normas em vigor para as máscaras sociais”.
Num concelho com cerca de 175 mil habitantes, esta medida implica a produção e distribuição de cerca de 200 mil máscaras “numa primeira fase” como afirmou à Lusa fonte da câmara.
A autarquia também pretende entregar um guia de utilização e manutenção das máscaras, assim como um guia com concelhos práticos para o período pós-confinamento.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 145 mil mortos e infetou mais de 2,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 465 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 657 pessoas das 19.022 registadas como infetadas.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
O decreto presidencial que prolonga até 02 de maio o estado de emergência iniciado em 19 de março prevê a possibilidade de uma "abertura gradual, faseada ou alternada de serviços, empresas ou estabelecimentos comerciais".
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