Numa publicação na rede social ‘Facebook’, a autarquia lisboeta, presidida pelo social-democrata Carlos Moedas, indica que de terça-feira várias pessoas foram já alojadas no Centro de Acolhimento e Emergência Municipal de Santa Bárbara, no Centro de Alojamento temporário de Xabregas e no Centro de Alojamento temporário do Beato.
Segundo a Câmara Municipal, os utentes tiveram acesso a refeições quentes, higiene e cuidados de saúde.
O município refere ainda que, “além do trabalho diário desenvolvido, as equipas de apoio continuam na rua, disponíveis para reencaminhar quem assim o desejar para os centros de acolhimento de emergência”.
Em declarações à Lusa na terça-feira, a presidente da Junta de Freguesia da Misericórdia, Carla Madeira (PS), manifestou preocupação com a falta de resposta da Câmara de Lisboa às pessoas em situação de sem-abrigo.
“Vemos apelos, e hoje [terça-feira] os apelos têm sido muitos por parte das autoridades para as pessoas ficarem em casa, e existe um completo ignorar do facto de haver muitas pessoas na nossa cidade sem casa e que não têm casa para onde ir”, afirmou Carla Madeira.
A chuva intensa e persistente que caiu na terça-feira causou mais de 3.000 ocorrências, entre alagamentos, inundações, quedas de árvores e cortes de estradas, afetando sobretudo os distritos de Lisboa, Setúbal, Portalegre e Santarém.
No total, há registo de 83 desalojados, segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), e o mau tempo levou também ao corte e condicionamento de estradas e linhas ferroviárias, que têm vindo a ser restabelecidas.
Na zona de Lisboa a intempérie causou condicionamentos de trânsito nos acessos à cidade, situação que está regularizada na maior parte dos casos. Em Campo Maior, no distrito de Portalegre, a zona baixa da vila ficou alagada e várias casas foram inundadas, algumas com água até ao teto, segundo a Câmara Municipal.
Segundo a ANEPC, estão “cinco planos municipais de emergência ativos”, quatro no distrito de Portalegre e um em Santarém, mantendo-se em estado de alerta amarelo os planos especiais de emergência para as bacias dos rios Tejo e Douro devido ao risco de cheias.
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