“Estão a decorrer sessões de treino com unidades das tropas territoriais perto de Assipovitchi”, no leste do país, indicou o ministério da Defesa bielorrusso, acrescentando que os recrutas estão a ser instruídos, entre outras funções, “nas técnicas de deslocamento no campo de batalha e de tiro tático”.
“Os combatentes do Wagner desempenham a função de instrutores num certo número de disciplinas militares”, acrescenta o ministério bielorrusso, que também divulgou no YouTube um vídeo dos exercícios.
“Trata-se sem qualquer dúvida de um experiência muito útil para o nosso exército”, declara um militar no vídeo. “Não participamos em combates desde o fim da guerra no Afeganistão”, acrescentou, numa referência à invasão soviética do Afeganistão em 1979.
Os combatentes do Wagner desempenharam uma função decisiva na ofensiva russa na Ucrânia, em particular na sangrenta batalha por Bakhmut, uma cidade devastada e cuja captura Moscovo reivindicou em maio.
Em 24 de maio, forças do grupo paramilitar ocuparam durante algumas horas um quartel-general do exército em Rostov, sul da Rússia, e percorreram algumas centenas de quilómetros em direção a Moscovo.
A rebelião terminou na tarde de 24 de junho, com um acordo que previa a partida para a Bielorrússia de Evgeny Prigozhin, o chefe do grupo. Aos seus combatentes foi sugerida a integração nas tropas regulares, o regresso à vida civil ou a instalação na Bielorrússia, cujo Presidente Aleksandre Lukashenko assumiu a função de mediador.
O destino de Prigozhin permanece incerto, após o Kremlin ter reconhecido que manteve um encontro com o chefe da Wagner no final de junho, alguns dias após a rebelião, que foi acompanhado pelos seus principais comandantes.
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