“O mundo não espera, precisamos de um novo começo para a Europa”, disse Angela Merkel à imprensa após mais de 24 horas de negociações entre a União Democrata-Cristã, o seu aliado bávaro União Social-Cristã (CSU) e o Partido Social-Democrata.
“A renovação da UE só é possível se a Alemanha e a França trabalharem juntas e com toda a energia”, lê-se no acordo, que fixa como objetivos o fortalecimento e reforma da zona euro para a tornar mais capaz de enfrentar futuras crises.
O texto sustenta que a UE tem de continuar a reger-se pelo princípio da solidariedade entre Estados-membros, nomeadamente em matéria de orçamento comunitário.
“Estamos dispostos a aumentar a contribuição da Alemanha”, afirmam.
O acordo manifesta também apoio à ideia de dedicar fundos comunitários específicos à estabilização económica e à convergência social.
Mas defende o princípio de separar os riscos e responsabilidades, o argumento habitualmente usado pela CDU para recusara mutualização da dívida.
Os conservadores alemães liderados por Angela Merkel e os social-democratas de Martin Schulz alcançaram um hoje um acordo de princípio para a formação do novo executivo, que tem como base um documento de 28 páginas.
O acordo, alcançado ao fim de quase uma semana de conversações e após uma maratona de mais de 24 horas, prevê compromissos em áreas como impostos, educação e saúde, além de limitar a entrada de refugiados na Alemanha a 200 mil pessoas por ano.
No entanto, o líder dos sociais-democratas (SPD), Martins Schulz, ainda terá de submeter o acordo alcançado à aprovação do seu partido, num congresso extraordinário marcado para dia 21.
Só depois os três partidos — CDU, SPD e CSU, o partido irmão da CDU na Baviera – poderão avançar nas negociações formais para a formação de uma coligação.
O líder do CSU, Horst Seehofer, disse que se os sociais-democratas aprovarem o acordo hoje alcançado, uma coligação poderá ser alcançada até à Páscoa.
Comentários