O vice-presidente e chefe de IA da Meta, Yann LeCun, sublinhou esta quinta-feira numa palestra no âmbito do Fórum Económico de Davos que “com o tempo ou nas próximas décadas” surgirão modelos de IA mais inteligentes do que as pessoas.
“Os humanos têm um tipo de inteligência muito especializado, somos bons em certas coisas e péssimos em outras. Não há dúvida de que as máquinas serão mais inteligentes que os humanos”, destacou, citado pela agência de notícias Efe.
Neste sentido, explicou que atualmente os sistemas de inteligência artificial começam com a inteligência ao nível de “um gato ou um cão” para melhorar e tentar chegar ao nível dos humanos, num processo que é “mais difícil” do que se pensa e para o qual será necessário trabalhar em novas aplicações e modelos.
No entanto, considerou que embora estes sistemas ainda estejam de alcançar a inteligência humana, a ideia é “construir sistemas de inteligência artificial que ajudem os humanos nas suas tarefas, e não tentar substituí-los”.
“Existe a ideia de que num futuro não muito distante faremos todas as nossas interações num mundo digital moderado por um assistente de IA. Talvez não utilizemos um motor de busca, mas iremos perguntar a um assistente de IA por voz, escrita ou gestos”, explicou.
Yann LeCun anunciou que a Meta trabalha com protótipos como pulseiras que detetam o movimento dos músculos para que se possa digitar com as mãos no bolso.
Outro campo em que a Meta espera aprofundar o uso da inteligência artificial é o da comunidade empresarial, com utilizações como ‘chats’ para clientes que substituem e agilizam a comunicação com estes.
“Ferramentas para todos que nos permitem desbloquear oportunidades que nos tornam mais produtivos”, frisou Nicola Mendelsohn, diretora do Global Business Group da Meta.
A diretora da Meta revelou que se as 500 maiores empresas norte-americanas conseguissem aumentar a sua produtividade em mais 10%, isso teria um impacto na economia norte-americana de cerca de 2,25 mil milhões de dólares (cerca de 2,07 mil milhões de euros).
Em média, a IA aumenta a rentabilidade dos gastos em 32%, “um número verdadeiramente significativo que leva a uma forte aceitação destes produtos”, destacou Mendelsohn.
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