Muitas pessoas foram colocadas provisoriamente em tendas precárias depois de o fogo ter destruído os locais onde viviam e aguardam novas instalações, na ilha de Lesbos.
Muitas famílias pernoitaram nas estradas que rodeiam o campo, com mais de 13 mil pessoas.
De acordo com a imprensa local, as forças policiais delimitaram com cordas o perímetro exterior do campo para evitar que os refugiados se desloquem para a cidade de Mitilene, tendo utilizado granadas de gás lacrimogéneo para travar as tentativas de fuga.
Ao final da tarde de quarta-feira, novos focos de incêndio foram detetados no campo, em zonas que ainda não tinham sido atingidas pelas chamas.
Os grupos mais vulneráveis, cerca de mil requerentes de asilo, vão ser acolhidos pela Marinha de Guerra, que enviou para o local duas embarcações da Armada e um ferry comercial.
De acordo com informações do Governo de Atenas, o grande incêndio destruiu 80% do recinto interno do campo de Morria, tendo 3.500 pessoas ficado desalojadas, sendo que as restantes já viviam em tendas num olival.
O centro de acolhimento encontrava-se sob quarentena depois de terem sido detetados 35 casos de contaminação de covid-19.
O incêndio começou depois de os contágios terem sido anunciados pelas autoridades.
O Governo acredita que o fogo foi provocado.
Segundo o ministro das Migrações, Notis Mitarakis, até ao momento as autoridades apenas localizaram oito das 35 pessoas contaminadas com SARS-CoV-2, estando as restantes misturadas junto dos grupos que tentaram fugir do campo durante o incêndio.
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