“Os dois mercenários norte-americanos Alexander Drueke e Andy Huynh, que foram capturados na Ucrânia, encontram-se em Donetsk”, disse a fonte.
Os prisioneiros correspondem a dois antigos militares, de 39 e 37 anos, que estavam a combater perto de Kharkov, na Ucrânia oriental.
No dia anterior, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse à emissora norte-americana NBC que a Rússia não podia evitar que os norte-americanos não fossem condenados à morte, como aconteceu recentemente com dois cidadãos britânicos e um marroquino.
“Depende da investigação”, comentou o porta-voz russo, que assegurou que os norte-americanos estiveram “envolvidos em atividades ilegais” na Ucrânia, ao disparar contra tropas russas e ao colocar a vida dos soldados russos em perigo.
“Haverá um julgamento em tribunal e chegaremos a uma decisão”, disse ele, defendendo, porém, que ambos os prisioneiros devem ser “castigados” e “responsabilizados pelos crimes que cometeram”.
Segundo a Rússia, estes cidadãos são mercenários e não pertencem ao Exército ucraniano, por isso não são abrangidos pela Convenção de Genebra sobre prisioneiros de guerra.
A televisão estatal russa divulgou na sexta-feira um vídeo de dois militares veteranos dos Estados Unidos, que desapareceram na semana passada enquanto combatiam na Ucrânia, noticiou a agência Associated Press (AP).
Drueke, que serviu no Exército dos EUA, e Huynh, que serviu nos fuzileiros, desapareceram depois do seu grupo ter ficado sob fogo pesado na região nordeste de Kharkiv, em 09 de junho.
A reportagem da televisão russa RT, que cita Alex Drueke, explica que os norte-americanos separaram-se do grupo e seguiram pela floresta, terminando numa vila onde foram abordados por uma patrulha russa e se renderam.
Washington tem insistido que qualquer capturado deve ser considerado prisioneiro de guerra e protegido por garantias de tratamento humano e julgamentos justos.
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