“Para os doentes, para os cidadãos, a construção do novo hospital será uma conquista assinalável”, uma vez que vai disponibilizar recursos e tecnologia renovados, um acesso melhorado e um aumento de eficiência, afirmou Ana Paula Martins no lançamento da obra de 380 milhões de euros, com um financiamento de até 100 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para ser executado até ao final de 2026.
O novo Hospital de Lisboa Oriental, que será construído em Marvila por um consórcio liderado pela Mota-Engil, terá três edifícios ligados entre si, ocupando uma área de 180 mil metros quadrados e uma capacidade total de internamento de 875 camas.
Vai substituir as unidades hospitalares que compõem atualmente a Unidade Local de Saúde São José e que estão dispersas pela cidade de Lisboa: hospitais de São José, Santo António dos Capuchos, Santa Marta, Curry Cabral e Dona Estefânia e a maternidade Alfredo da Costa.
O modelo contratual para a construção do Hospital Lisboa Oriental consiste numa parceria público-privada (PPP) para a sua construção e manutenção, mas terá uma gestão clínica pública.
“Os ganhos são de tal dimensão que ninguém consegue entender como só agora é possível concretizar este hospital”, afirmou Ana Paula Martins, ao adiantar que a nova unidade permitirá ainda, passados quase 50 anos, à Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa “ter um hospital âncora”.
“Um facto estratégico pela qual esta escola médica sempre lutou e pelo qual também aqui hoje reafirmo o imperativo desta relação entre hospital e escola médica”, salientou a ministra.
Segundo Ana Paula Martins, a relação do novo hospital com a academia e com outras instituições de ensino nacionais e internacionais permitirá ainda desenvolver “um processo de crescimento colaborativo” que lhe permitirá se posicionar entre os “melhores e mais modernos da Europa e do Mundo”.
A ministra salientou também que “passaram-se muitos anos” no processo de construção do novo hospital, recordando que hoje “termina esta caminhada que, no limite, se iniciou em 1775 (após o terramoto em Lisboa) ou para os mais otimistas em 1979 ou 2008”.
Ana Paula Martins adiantou ainda que a atuação do Ministério da Saúde está centrada em “garantir a sustentabilidade do SNS”, em paralelo com a manutenção dos padrões de qualidade e excelência.
“Desafios que o Governo defende como inequívocos e que tudo faremos para colocar o nosso país acima dos valores da média da União Europeia”, afirmou a ministra, ao salientar que essa é uma “obra para um mandato ou talvez mesmo para mais”.
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