"[A redução do desperdício alimentar] implica de todos um esforço muito grande, porque nós precisamos de ter sistemas alimentares cada vez mais justos e mais sustentáveis”, defendeu a ministra numa intervenção no painel de discussão “Combater o desperdício alimentar em Portugal”.
Para a ministra da Agricultura, “tem de haver um planeamento muito grande para haver um ajustamento entre a oferta e a procura, fazer uma adaptação entre aquilo que é produzido e aquilo que são os gostos dos consumidores. Toda esta alteração da forma de encarar a alimentação tem de ser tida em conta”.
O desperdício alimentar começa na produção e vai até ao consumo, situação que a presidente da Federação dos Bancos Alimentares Contra a Fome, Isabel Jonet, considerou um “absurdo económico” que pode ser combatido através da educação, e consequentemente do “consumo responsável”.
“Temos de ensinar os jovens e as crianças que os recursos são escassos e é um absurdo desperdiçá-los. Pequenos toques na legislação, benefícios fiscais para as empresas e incentivos aos agricultores e ações nas escolas vão permitir que todos juntos consigamos reduzir o desperdício alimentar”, afirmou.
A ministra da agricultura corroborou desta visão defendendo que o consumidor tem de ter “consciência do seu papel e estar informado”, de modo a ajudar no combate ao desperdício alimentar.
As Nações Unidas colocaram como desafio mundial reduzir para metade o desperdício de alimentos, de retalho e do consumidor até 2030.
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