Nesta nomeação de governo, Greening era um dos nomes cuja permanência estava em risco devido às divergências com May relativamente à política de abertura de novas escolas públicas seletivas.
Segundo a imprensa britânica, Greening esteve hoje em Downing Street várias horas, mas recusou mudar para a chefia do Ministério do Trabalho e Pensões, onde deveria substituir David Gauke, que transitou para tutelar o Ministério da Justiça.
Greening reivindicou publicamente que deu prioridade às suas ideias sobre mobilidade social, em vez da carreira no Governo.
“Vou continuar a trabalhar fora do Governo para fazer tudo o que puder para criar um país que, pela primeira vez, ofereça igualdade de oportunidades para os jovens, onde quer que eles cresçam”, justificou.
Damian Hinds, secretário de Estado do Trabalho e Pensões e eleito deputado há menos de três anos, foi o beneficiário, ao ser promovido a ministro da Educação, enquanto que a deputada Esther McVey foi chamada para equilibrar o Governo em número de mulheres, passando a ministra do Trabalho e Pensões.
Pelo contrário, Jeremy Hunt, que também estava destinado a trocar de lugar no executivo, acabou por manter o posto, alegadamente por ter convencido a primeira-ministra de que é a melhor pessoa para continuar a política da Saúde, além de passar a tomar conta da política de apoio social.
Igualmente motivo de especulação quanto a possíveis demissões, o ministro da Economia, Gregory Clark, e o ministro dos Transportes, Chris Grayling, mantiveram os postos, mesmo depois de Grayling ter sido anunciado erroneamente para a presidência do partido Conservador.
Uma das novidades foi a transferência do ministro da Justiça, David Liddington, para o Cabinet Office, um cargo que é considerado quase como um “número dois” do Governo, pois é o primeiro na lista para substituir o chefe do executivo na sessão semanal de respostas aos deputados.
Liddington, um conhecido defensor da permanência do Reino Unido na UE e aliado de May, tomou o lugar vago deixado por Damian Green, que se demitiu em dezembro, forçado pelo escândalo relacionado com a descoberta de vídeos pornográficos no seu computador de trabalho.
Numa remodelação governamental anunciada, o dia começou com as demissões do ministro para a Irlanda do Norte britânico, James Brokenshire, hoje invocando questões de saúde coincide com uma remodelação do governo de Theresa May.
Brokenshire, que não conseguiu levar a bom porto as negociações para a formação do governo de coligação entre o Partido Democrata Unionista e o Sinn Féin na região, sem executivo desde as eleições de março de 2017, disse ter sido diagnosticado com uma “pequena lesão” no pulmão direito.
Para o seu lugar foi Karen Bradley, antiga ministra da Cultura, desencadeando a promoção de Matt Hancock, até agora secretário de Estado para o digital.
Os ministros das Finanças, Philip Hammond, dos Negócios Estrangeiros, Boris Johnson, da Administração Interna, Amber Rudd, para o Brexit, David Davis, do Ambiente, Michael Gove, e do Comércio, Liam Fox, são alguns dos que seguraram as posições no núcleo duro do governo.
Esta é uma remodelação que pretende dar um novo estímulo ao mandato de Theresa May, fragilizada por uma série de escândalos e impasses na execução do programa e pela dificuldade com as negociações para a saída da União Europeia.
Patrick McLoughlin, até agora presidente do partido Conservador, foi a primeira baixa confirmada pela manhã, substituído a seu pedido por Brandon Lewis, que passa a ser “ministro sem pasta”, enquanto que James Cleverly foi nomeado vice-presidente.
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