“Felicito Liz Truss por ter sido eleita a nossa nova líder, e dar-lhe-ei o meu apoio como a nossa nova primeira-ministra. É minha escolha continuar o meu serviço público ao país e ao círculo eleitoral de Witham a partir das bancadas logo que Liz assuma formalmente o cargo e seja nomeado um novo ministro do Interior”, disse.
A imprensa britânica tem especulado que Patel, próxima de Boris Johnson, não será reconduzida, e que será substituída pela procuradora-geral, Suella Braverman.
Patel, em funções desde 2019, foi criticada por não conseguir controlar as travessias irregulares do Canal da Mancha, entre França e o Reino Unido.
Desde o início do ano em curso, 22.670 migrantes chegaram de forma irregular à costa britânica, quase o dobro do registado na mesma altura em 2021.
O secretário de Estado sem pasta Nigel Adams também se demitiu, para que “a nova primeira-ministra possa escolher uma equipa baseada em quem ela quer em vez de quem ela herda”.
Por sua vez, o candidato derrotado, Rishi Sunak, que não espera obter um lugar no Governo, negou a intenção de se retirar da política e manifestou a vontade de se recandidatar nas próximas eleições legislativas, previstas para 2024.
“Sou muito dedicado aos meus eleitores em North Yorkshire (…) e enquanto eles me aceitarem, tenciono continuar a servi-los não só no futuro imediato, mas também nas próximas eleições”, afirmou o antigo ministro das Finanças à estação pública BBC.
A ministra dos Negócios Estrangeiros cessante foi declarada hoje a vencedora da corrida à liderança do Partido Conservador, com 57% dos votos, contra o antigo ministro das Finanças Rishi Sunak, embora com uma vantagem menor do que indicavam as sondagens.
Liz Truss, de 47 anos, será a terceira mulher primeira-ministra do Reino Unido, após Margaret Thatcher e Theresa May, e a quarta política a ocupar o cargo em seis anos.
O primeiro-ministro cessante Boris Johnson informará a rainha Isabel II na terça-feira da demissão do cargo e a monarca indigitará Liz Truss e pedir-lhe-á que forme Governo enquanto líder do partido com maioria parlamentar.
As audiências terão lugar no Castelo de Balmoral, no norte da Escócia, onde a rainha se encontra, rompendo com a tradição de acontecer no Palácio de Buckingham, tendo um porta-voz da monarca de 96 anos invocado problemas de mobilidade para evitar a viagem até Londres.
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