O deputado falou perante o 40.º Congresso do PSD, numa altura em que a sala já se tinha esvaziado depois das intervenções mais mediáticas da tarde.
O economista, que anunciou a sua candidatura à sucessão de Paulo Mota Pinto nas eleições para a direção da bancada convocadas para 12 de julho, questionou “para que quer o PS o poder”.
“Não é para fazer as reformas estruturais que aumentam a competitividade da economia, não é para tomar as medidas mesmo que impopulares que resolvam os problemas de longo prazo, não é para afrontar ‘lobbies’, não é para resolver os problemas do dia a dia”, considerou.
Para o ainda presidente do Conselho Estratégico Nacional escolhido pelo líder cessante Rui Rio, a resposta é simples.
“O PS só quer ser poder sem ser Governo, temos o desafio de mostrar que há outro caminho, Portugal tem futuro se nos libertarmos das amarras socialistas”, afirmou.
Joaquim Miranda Sarmento recordou as razões que o levaram a ser candidato à liderança parlamentar, começando pela unidade do partido.
“O grupo parlamentar tem de ser um pilar fundamental da missão do PSD ser oposição. Portugal nunca precisou tanto como hoje de uma posição vigilante e firme”, apontou, dizendo acreditar “a sua experiência académica e profissional” contribuirá para a afirmação do grupo parlamentar.
Antes, o líder da JSD Alexandre Poço agradeceu ao ainda presidente da bancada, Paulo Mota Pinto, “a honra e hombridade” e elogiou “o desprendimento democrático com que colocou o lugar à disposição”, depois de Luís Montenegro lhe ter pedido que marcasse eleições antecipadas.
“Estou certo de que Joaquim Miranda Sarmento saberá com a sua inteligência e clarividência liderar partido na frente parlamentar, penso que contas com todo o partido”, disse.
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