A medida foi anunciada hoje pela Agência Espacial Europeia (ESA) durante o Congresso Internacional de Astronáutica em Bremen (norte da Alemanha), onde foi firmado o contrato, que inclui o lançamento do satélite e a manutenção, tanto na fase de testes como posteriormente.
A missão Platão inicia-se em 2026 e tem como propósito encontrar e estudar outros sistemas planetários, com especial ênfase para planetas rochosos próximos de estrelas similares ao sol e a uma distância que poderá permitir a existência de água.
Segundo o diretor-geral da ESA, Johan-Dietricj Worner, uma das “mais emocionantes questões da astronomia” é saber se no universo existe “uma segunda Terra”.
“Com o nosso satélite Platão iremos concentrar-nos em planetas similares à Terra, cuja órbita está na zona ‘habitável’ em torno de estrelas similares ao nosso Sol. Será o maior passo destinado a encontrar uma segunda Terra”, disse.
Na construção do satélite, além da OHB, participarão a Thales Alenia Space, de França e do Reino Unido, e a suíça RUAG.
O Centro Aeroespacial Alemão (DLR) fornecerá, em cooperação com outros centros de investigação europeus, os instrumentos científicos, entre os quais um sistema de 26 câmaras e unidades eletrónicas.
A missão não só procurará exoplanetas desconhecidos, como investigará as propriedades das estrelas em torno das quais giram.
Isto, segundo a ESA, ajudará os cientistas a entender a arquitetura dos sistemas dos exoplanetas e a determinar onde estão os mundos mais provavelmente com condições de suportar vida.
A missão continuará o trabalho da Cheops, dedicada à observação de exoplanetas, que no próximo ano iniciará uma caracterização dos que já se conhecem.
A missão Platão será seguida pela missão Ariel, cujo lançamento está planeado para 2028 para estudar em detalhe a atmosfera de um grande número de exoplanetas.
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