Em comunicado, refere-se que a autorização foi dada pelo autarca da Beira, Daviz Simango.
"O ciclone Idai destruiu muitas infraestruturas e porque as famílias, o setor económico e público precisam de realizar obras de reposição, o Conselho Municipal da Beira comunica que essas obras podem ser feitas sem prévio pedido de licença até o dia 31 de maio de 2019", lê-se no comunicado.
Em entrevista à agência Lusa na segunda-feira, Daviz Simango disse que "a cidade ficou totalmente escangalhada. Uma cidade fantasma, sem comunicações, sem que se soubesse o que estava a acontecer".
O vento terá varrido tudo com velocidades na ordem dos 170 quilómetros por hora e terá chovido tanto como num mês inteiro, segundo estimativas publicadas por organizações de socorro na Internet.
As descrições do autarca ilustram a violência, ao dizer que a barreira de proteção costeira da Beira foi arrancada do chão.
"São grandes peças de betão, ali colocadas nas décadas de 50 e 60, que nunca tinham saído do sítio", até ter chegado o Idai.
A passagem do ciclone Idai em Moçambique, no Zimbabué e no Maláui fez pelo menos 762 mortos, segundo os balanços oficiais mais recentes.
Em Moçambique, o número de mortos confirmados é de 447, no Zimbabué foram contabilizadas 259 vítimas mortais e no Maláui as autoridades registaram 56 mortos.
A cidade da Beira, no centro litoral de Moçambique, foi uma das mais afetadas pelo ciclone, na noite de 14 de março.
Comentários